É tão ruim ter que me despedir de você toda vez que te vejo. Eu sei que não posso prender você junto a mim sempre, vinte e quatro horas por dia. Aliás, eu nem sei se você gostaria. Mas então, pra falar a verdade, o que me incomoda é o jeito que eu tenho que me despedir de você. Eu digo um “tchau, até semana que vem” querendo na verdade dizer “fica mais um pouco, me abraça forte, fica comigo”. E aí você vai saindo, indo embora e sumindo do meu campo de visão, e a agonia de não te ter aumenta como um piscar de olhos. É instantâneo. O problema é que eu não posso cogitar a ideia de te dizer isso. Não posso nem ao menos imaginar como seria se um dia eu te contasse. É proibido. Eu não posso criar uma espécie de esperança em relação a isso. Seria suicídio da minha parte. Mas mesmo assim eu crio e imagino tudo isso. Entretanto, eu também agradeceria se você parasse de me provocar. Não estou vendo coisas, não não. Já vieram me dizer, eu não estou ficando louca. Ou você quer, ou você não quer. Brincar com os meus sentimentos também não dá. Se o sentimento for recíproco, sim, você pode continuar a me fazer carinho, a me abraçar e a me chamar carinhosamente. Se isso for um jeito de chamar a minha atenção especificamente, tudo bem. Só me ajude a ver isso de uma forma mais clara. Caso contrário, pare! Seu toque me remete a um sorriso bobo sempre. Na certa você já percebeu isso. E se isso tudo que você faz for mesmo um tipo de provocação maldosa, então acho que você não vai parar, né?! Talvez a atenção alheia faça mesmo bem pro seu humilde ego. Porém não faz bem pra mim. Até faz no momento que estou perto de você, mas é uma felicidade falsa, porque eu sei que assim que formos embora, aquela frustração de cada semana irá aparecer. Sentimento de culpa e de perda. Um aperto no coração horrível. Não irei prolongar, mas irei fazer apenas uma observação: Quando não estou perto de você, crio situações em que você esteja e em uma delas, eu sonho em te dizer tudo...Um dia quem sabe. Vai que isso é recíproco?! Pé no chão, Giselle. Pé no chão.
sábado, 5 de março de 2011
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